domingo, 19 de fevereiro de 2012

Separando os homens dos meninos!

Leia Mateus 8.18-22

Calma! Se você é menina, é só trocar o gênero das palavras ali em cima e fica tudo certo.
E é isso mesmo que está acontecendo agora. Muita gente escuta que um tal de Jesus está curando as pessoas, centenas trazem os seus doentes para ele os curar e os endemoninhados para serem libertos. Ele os cura e liberta. A fama de Jesus se espalha mais ainda. Como acontece hoje, quem não quer ficar perto de alguém tão famoso? E que ainda por cima não costuma rejeitar quem fala com ele. Isso é um sonho.
É nesse clima de fama e milagres que dois homens chegam até Jesus oferecendo-se como seus discípulos. E é aqui que Jesus separa os “homens dos meninos” ou “as mulheres das meninas”. Chega um escriba. O escriba era um homem letrado na lei. Alguém que sabia muito da Bíblia dos judeus e de suas tradições. Se a gente for pensar naturalmente, seria um tremendo de um discípulo, afinal, já tinha mais que “meio caminho andado”. Já manjava da Bíblia dos judeus, agora é só Jesus mostrar a ele que a Bíblia dos Judeus falava sobre o próprio Jesus. PORÉM, a resposta de Jesus deixa o sem palavras. Pelo menos Mateus não as registra. Em outras palavras Jesus diz a ele: “Eu não tenho conforto para te oferecer”. “Você pode me seguir, mas eu não te dou garantia de boa vida e sossego, pelo contrário, se você ouviu o que eu disse há alguns dias: “Felizes são os perseguidos por minha causa”. Nesta hora, você não terá nem ninho nem covil para se esconder. Esse é o discipulado que tenho para te oferecer”. Mateus não registra a resposta do escriba, logo, eu também não. Fico com o silêncio. Deixo o menino.
O próximo era um dos que já estavam caminhando com Jesus. Ele diz: “Senhor, a tradição diz que mais importante que os deveres religiosos é eu ficar em casa com meu pai até ele falecer, e então eu posso ir e seguir o Senhor”. Jesus responde: “A tradição impede que vocês vivam a vida que eu tenho proposto a vocês”. “Deixem que os mortos sepultem os seus mortos, quanto a você, segue-me”.
Eu aprendo com Jesus o seguinte. Se eu e você colocamos condições para seguirmos Jesus é porque não somos discípulos nada. Somos entusiastas. Achamos legal ser crente. Ser evangélico. Ir à Igreja. Gostamos das programações. Gostamos da música. Gostamos da pregação. Gostamos da galera. Gostamos dos irmãos. Gostamos dessa parte da vida, mas não somos discípulos. Porque quando as coisas não acontecem da nossa maneira logo reclamamos. Queremos conforto, queremos nos acomodar, não queremos incomodo nenhum. Queremos viver a nossa vida pacata e em paz de cristãos, mas não queremos ser injuriados por causa de Jesus, muito menos perseguidos. Outras vezes supervalorizamos as nossas tradições em detrimento da vontade de Deus. “Sempre foi assim e sempre será assim, eu não vou mudar”. Parabéns, você está se mostrando um crente assentado na cadeira de mestre. Enquanto Jesus já passou para outra margem e você ficou com o seu reinozinho. É por aí. Discípulo? Sim ou não? Se sim, viva do jeito do mestre. Queira o jeito dele. Obedeça. Se não só posso te dizer uma coisa: “Você ainda é menino (a)”.

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